CPI dos Cartões de Crédito apresenta risco
e o custo do cliente poderá ser mais elevado
Algumas das medidas propostas pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Cartões podem sair pela culatra e aumentar o custo do crédito para os clientes, ao invés de reduzir. O colegiado foi formado para investigar a cobrança de "juros extorsivos" por parte das administradoras. Entre os executivos ouvidos pelo jornal Folha de São Paulo, há quem considere a medida uma forma de mascarar os altos juros. O cartão de crédito e o cheque especial têm taxas acima de 300% ao ano.
QUAIS OS PERIGOS - Senadores sugerem a criação de tarifas para o uso do rotativo do cartão de crédito e do cheque especial; pedem que o parcelamento de compras com juros seja incentivado; e pedem o fim da publicidade do parcelado sem juros. O consumidor pode se sentir inibido a usar o rotativo. Tais medidas precisam de anuência do Banco Central (BC). A tarifa, que pode ser cobrada com os juros do rotativo do cartão e do cheque especial, hoje proibida, está em debate.
O QUE DIZ O BANCO CENTRAL - O Banco Central vai promover os estudos recomendados pela CPI, cujos trabalhos foram encerrados em 11 de julho. “O BC considera que o relatório final da CPI dos Cartões de Crédito contribui para as discussões sobre a estrutura e possíveis aprimoramentos para esse complexo mercado e vai promover os estudos recomendados”, disse, em nota, o órgão.
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Cartões são um perigo para se endividar mais rapidamente; é preciso cautela
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